URUBU - Anjo negro dos céus
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Uma ave que me fascina no pantanal não é das mais lindas, nem das mais raras, muito pelo contrário, é a ave mais comum que encontramos por todo nosso território, é o “Anjo Negro do Pantanal" o Urubu de Cabeça Preta.
Eles desfilam junto com as maravilhosas Garças, Colhereiros e Tuiuiús nas prainhas ou pousados nas árvores.
Assim como o Caracará e outras aves de rapina os urubus estão sempre atentos para a limpeza dos restos deixados por outros animais.
Algumas cenas ficaram registradas não pelos meus clics (infelizmente) mas pela memória.
Subindo o Rio Cuiabá vimos um boi num banhado rodeado de urubus, não percebemos a situação: estava atolado e os anjos negros a espera de uma refeição.
Na volta, após alguns dias vimos sua carcaça e alguns urubus finalizando com o que restava daquela carne apodrecida mas aparentemente apetitosa.
Outra cena foi no Rio Paraguai, onde várias vezes encontramos jacarés boiando de barriga para cima descendo a correnteza e os urubus se deleitando daquela matança.
Uma visão triste mas que me rendeu lindas fotos.
Um momento deslumbrante foi subindo o Rio Piquiri. Numa entrada de lagoa vimos uma praia repleta de urubus, impossível precisar quantos. Um cheiro nada agradável mas um quadro lindo de se ver.
Aquelas aves enormes de asas abertas tomando sol, e provavelmente atentas a qualquer cheiro de morte para voarem em busca da refeição.
Outra cena pra lá de interessante foi na pousada Piquiri, onde o amigo Dango chamou nossa atenção para o namoro de um urubu com um caracará. Quem era o ele ou ela não descobrimos mas pareceu muito romântico aquele casal.
A explicação para esse comportamento seria: remoção de ectoparasitos, posicionamento hierárquico e reestabelecimento do bom convívio.
A formação de bandos mistos não é difícil de se observar na natureza, uma vez que dessa fusão os participantes é que são beneficiados de alguma forma. No caso dos urubus de cabeça preta e caracarás, os urubus permitem a interação na hora de dividir a carcaça, pois como não têm uma vocalização desenvolvida como os caracarás, acabam se beneficiando destes para se resguardarem no caso de perigo, pois os caracarás sim possuem esse sistema de auto-defesa em grupo (gritos de alerta).
Características: Dentre os urubus, o Urubu de Cabeça Preta é o de menor envergadura. Apesar de seu tamanho, é o mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado do gênero Cathartes, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. Costuma deslocar-se a grande altura, usando as correntes de ar quente para diminuir o custo energético do voo. Sua visão é excepcional, tendo boa acuidade para objetos a grande distância.
O Urubu-de-Cabeça-Preta possui 62 centímetros de comprimento e 143 centímetros de envergadura, pesando cerca de 1,6 quilos.
Autora: Mara
Eles desfilam junto com as maravilhosas Garças, Colhereiros e Tuiuiús nas prainhas ou pousados nas árvores.
Assim como o Caracará e outras aves de rapina os urubus estão sempre atentos para a limpeza dos restos deixados por outros animais.
Algumas cenas ficaram registradas não pelos meus clics (infelizmente) mas pela memória.
Subindo o Rio Cuiabá vimos um boi num banhado rodeado de urubus, não percebemos a situação: estava atolado e os anjos negros a espera de uma refeição.
Na volta, após alguns dias vimos sua carcaça e alguns urubus finalizando com o que restava daquela carne apodrecida mas aparentemente apetitosa.
Outra cena foi no Rio Paraguai, onde várias vezes encontramos jacarés boiando de barriga para cima descendo a correnteza e os urubus se deleitando daquela matança.
Uma visão triste mas que me rendeu lindas fotos.
Um momento deslumbrante foi subindo o Rio Piquiri. Numa entrada de lagoa vimos uma praia repleta de urubus, impossível precisar quantos. Um cheiro nada agradável mas um quadro lindo de se ver.
Aquelas aves enormes de asas abertas tomando sol, e provavelmente atentas a qualquer cheiro de morte para voarem em busca da refeição.
Outra cena pra lá de interessante foi na pousada Piquiri, onde o amigo Dango chamou nossa atenção para o namoro de um urubu com um caracará. Quem era o ele ou ela não descobrimos mas pareceu muito romântico aquele casal.
A explicação para esse comportamento seria: remoção de ectoparasitos, posicionamento hierárquico e reestabelecimento do bom convívio.
A formação de bandos mistos não é difícil de se observar na natureza, uma vez que dessa fusão os participantes é que são beneficiados de alguma forma. No caso dos urubus de cabeça preta e caracarás, os urubus permitem a interação na hora de dividir a carcaça, pois como não têm uma vocalização desenvolvida como os caracarás, acabam se beneficiando destes para se resguardarem no caso de perigo, pois os caracarás sim possuem esse sistema de auto-defesa em grupo (gritos de alerta).
Características: Dentre os urubus, o Urubu de Cabeça Preta é o de menor envergadura. Apesar de seu tamanho, é o mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado do gênero Cathartes, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. Costuma deslocar-se a grande altura, usando as correntes de ar quente para diminuir o custo energético do voo. Sua visão é excepcional, tendo boa acuidade para objetos a grande distância.
O Urubu-de-Cabeça-Preta possui 62 centímetros de comprimento e 143 centímetros de envergadura, pesando cerca de 1,6 quilos.
Autora: Mara