Nós e as onças
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Cada expedição é uma surpresa...nunca havíamos visto uma onça no pantanal e nossa ansiedade estava cada vez mais alta, pois já estávamos vindo embora para Corumbá e ...nada!! Eis que a Mara, máquina na mão, na frente do barco gritou que haviam duas na beira do rio, o Alemão naquele momento no piloto foi rapidamente em sua direção... gritamos de alegria e fizemos muita algazarra, e o pior, a Mara não havia descarregado suas máquinas e após algumas fotos não havia mais espaço na memória. Apelamos para o celular. Diante dessa inexperiência do grupo, em fazer muito barulho, as onças se retiraram, após tomarem um breve banho no rio. Sendo assim, onça e barulho não combinam, caso você queira tirar algumas boas fotos dela.
Passaram-se 3 anos e estávamos os quatro, no “ barco Potranca”, passeando no final da tarde, como de costume: Mara na frente, Alemão e Milton no piloto e eu sentada no freezer, quando passamos por uma curva do rio e pude ver uma onça deitada na beira do barranco. Mesmo com o barco rápido, falei na maior calma que havia visto a onça e que deveríamos ser discretos.... assim fizemos, ficamos mais de hora fotografando, filmando e curtindo esse animal, encantados com sua beleza, pose, tranquilidade, de longe, é claro, e em um momento de uma distância de uns 15 metros, o que motivou um medinho.
A batizamos com o nome de “onça Bündchen”, pois parecia uma modelo no alto da sua passarela!!!
Hoje sabemos, que para uma onça ser fotografada no pantanal, ao vê-la, há de se ter calma, distância adequada e segura e acima de tudo muuuuita sorte!!!
Autora: Zana